sexta-feira, 10 de abril de 2015

A História Sem Fim


Os alunos do 6º ano, assistiram na última sexta-feira a "História sem Fim". 
Um filme que retrata a criatividade, a análise da capa de um livro, os autores, hábito pela leitura, entre outros.

A Profª Rosani Cerutti apresentou o filme aos alunos pela associação que o mesmo possui com os conteúdos abordados, esse semestre, na disciplina de Língua Portuguesa.

A História sem Fim

O filme conta a história de Bastian, um menino de poucos amigos (tímido, mesmo), que vive só com o pai desde a morte da mãe. Um dia, correndo dos meninos-maus do colégio, ele entra numa livraria para se esconder. E... o que encontra? Um livro enorme, com uma capa de couro marrom e um símbolo em metal: duas cobras entrelaçadas, uma mordendo o rabo da outra (no bom sentido, calma: é um filme infantil). Quando o dono do lugar vira as costas, Bastian sai correndo com o livrão debaixo do braço. 

Escondido na sala de almoxarifado da escola, Bastian acende algumas velas e abre o livro. Fantasia é o nome de um lugar governado por uma Imperatriz, que precisa muito de ajuda. O“Nada” (puxa, como eu tinha medo dele!) estava acabando com tudo o que existia, e os melhores guerreiros foram chamados para ajudar. O escolhido é Atreio, um menino com jeito de índio. Ele recebe o Auryn (o símbolo da capa do livro) e parte em sua missão.

Daí pra frente, Atreio e Bastian conhecem um monte de personagens esquisitos e lindos com o Falkor, o dragão da sorte (na verdade um cachorro escamado e de olhos vermelhos que desafiava as leis da física com suas asinhas minúsculas)... Ei! Mas quem conhece todo mundo é o Atreio! Bom, a essa altura da filme, Bastian ainda não percebeu... Mas ELE é o aventureiro da história. Uma das melhores cenas do filme é quando o menino guerreiro chega ao fim do portal (aquele das esfinges) e, no meio de neve e uma névoa branca, ele vê no espelho o reflexo de Bastian. “Nãão!” Bastian se revolta com as coincidências, e joga longe o livro. Cai uma tempestade lá fora, e ele se assusta. “Aaaah!” Depois de um tempinho, ele retoma a coragem: se aconchega debaixo do cobertor, e retoma a aventura.

Mas por que a cena do espelho? (Se você AINDA não viu o filme e não quer saber o final, pare de ler). Porque o que Atreio estava procurando era Bastian. Atreio é Bastian. Para salvar Fantasia, era preciso que uma criança acreditasse nela e desse um novo nome à Imperatriz. Essa é a hora em que Bastian arregala os olhos e começa a ficar ofegante. A menina-imperatriz se vira para a câmera, e pede: “Eu preciso de um nome”. “Não é possível, não é possível”, pensa ele, e fica um tempinho pensando se acredita ou não acredita, se acredita ou não acredita... “Aaaah!” Trovões lá fora, e a Imperatriz pede de novo. Ele não resiste, corre para a janela e grita: *********

O que é que ele grita? Por muito tempo, foi para mim e meus amiguinhos - que assistíamos a versão dublada da Globo – um grande mistério. “Montanha?” “Mundana”? “Morgana”? “Montana”? O livro responde: “Moon Daughter” era o nome da mãe de Bastian, com o qual ele batiza a Imperatriz. Não é à toa que nós, pobres crianças mal-versadas em inglês, não entendíamos nada.

O filme é inspirado no livro de mesmo nome. Em alemão: Die Unendliche Geschichte, publicado por Michael Ende em 1979. O livro se tornou rapidamente um best-seller na Alemanha e nos Estados Unidos, e foi traduzido para mais de 30 línguas (no Brasil, pode ser encontrado pela Editora Martins Fontes). Em 1984, a história (ou melhor, um pedaço dela) vira filme. O livro é dividido em duas partes; a primeira termina onde termina o filme, com uma diferença: Bastian não volta direto para a cidade, na garupa de Falkor, para espantar seus amiguinhos malvados. Ele permanece em Fantasia para reconstruí-la, e é aí que começa a segunda parte do livro. Opa, a segunda parte do livro poderia virar uma seqüência no cinema, não é? Quase virou. 


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